Última edição postada por Kyuu no 2016-10-16 04:40
CAPITULO 9
"Eu já não sabia mais o que sentir, não sabia se ria por estar diante da morte novamente em tão pouco tempo, ou se eu ficava com medo, por estar próxima da mesma... Eu estava em ruínas, a unica coisa que eu podia perceber era a feição de desespero estampada na face dos que ali comigo estavam, não havia algo que eu pudesse fazer além de esperar que um milagre acontece... Mas, com aquela altura do campeonato, milagres não seriam feitos.
Eles se aproximavam cada vez mais de nós, e eu sentia aos poucos minha consciência indo embora, e os passos se aproximando como o movimento de um relógio numa noite silenciosa de Inverno. Cada passo gerava um sentimento interno que apitava dentro de mim, implorando para que algo fosse feito. Cada parte do meu corpo estava tensa, preparada para uma batalha, porém, eu não tinha forças para me levantar, algo ali parecia que estava errado... Cada vez mais próximos de mim, mais fraca eu ficava, e mais tensos meus tendões e músculos ficavam. Por fim, sem que pudesse fazer quaisquer coisa para ajudar, eu perdi a consciência, e só conseguia ouvir sons, até um ruido distante parecia próximo.
Quando o barulho de passos parou, houve um silêncio total, até o vento se calou, a unica coisa que eu podia ouvir, eram os suspiros de desespero de todos ali. O silêncio foi quebrado com a fala de Gaios, o Deus da Amargura :
-Hm, patéticos, irão morrer todos os cinco aqui mesmo, para as mãos de Gaios! Punição Mortal!!! - Gritou Gaios enquanto seu ataque ia em direção a nós.
-Fim de jogo galera. - Diz Enaz com um tom de cansaço
Por fim, estávamos todos ali, preparados para a sentença do destino. De todos os momentos da minha vida, nunca havia sentido algo tão intenso quando o que eu sentia ali naquele momento, era tudo tão nítido... Parecia que eu havia acabado de nascer e já estava ali de frente com a morte.
Esse sentimento foi interrompido com o barulho intenso de algo... Mas... O que seria? Minhas vistas foram se recuperando aos poucos, mesmo enxergando embaçadamente, eu conseguia distinguir coisas, e logo percebi que aquilo era uma luz que emanava dos colares de Enaz, Revo e Ozne. Essa luz era simplesmente divina! Sua energia era tão intensa quanto a explosão de milhões e milhões de estrelas existentes no céu, de uma unica vez, não era como coisas que eu havia visto até ali então, era algo diferente, mais que causava uma certa nostalgia em mim, era A Luz ao invés de apenas, uma luz qualquer.
Aquela luz emanada, projetou um escudo que repeliu o golpe de Gaios! O que seria isso?! Gaios, furioso, tenta atacar o escudo com ataques físicos, mais era impenetrável, era algo realmente incrível. Percebendo o meu espanto com tamanha coisa, Ozne olha para mim e ri :
-Olhe só, ela está tão surpresa quanto nós, teria ela previsto isso? - Diz Ozne rindo.
-Bom, isso não saberemos por agora, mas vamos nos concentrar em fazer algo para sair daqui. - Disse Enaz com uma feição de aliviado.
O escudo que era aparentemente era impenetrável, transmite uma luz extremamente forte para o céu, e essa luz reflete em 6 pontos de toda a Vidália... Eu já não tinha conhecimento da situação, estava impressionada como uma criança pequena com um truque simples realizado por um mágico. Aquela luz, tão bonita, divina e sob tudo, nostálgica, transforma-se em uma esfera de luz, e aos poucos, levanta do solo, e indo em direção ao céu, que havia clareado. Sem poder fazer nada, Gaios, juntamente com seus amigos, nos observavam enquanto subíamos mais alto, a cada segundo, e sem que eu pudesse perceber, fomos transportados para um lugar diferente. Esse lugar, aparentava ser o Jardim da Ophema, presente nos livros da biblioteca da Arvore da Vida, tudo era tão belo... Ninfas caminhavam tranquilamente sob a grama, o rio corria calmamente, o ar era tão limpo e belo, que me fazia lembrar de coisas que jamais lembraria de uma hora para a outra : A Inocência existente dentro de todos nós, a vida e o quão bela ela pode ser.
Enaz e Ozne observavam o local, estavam impressionados com o lugar, mais não parecia ser a primeira vez que estavam aqui. Revo, ainda desacordado, realizava simples movimentos de pernas e braços, fiquei um tanto aliviada ao ver ele se mover, não sei o motivo, mais só de olhar para aquele homem, eu já perdia o folego.
Eu percebi que Enaz e Ozne estranhavam algo, eles olhavam atentamente o local, pareciam ter visto algo ou alguém de incomum ali.
Quando, de uma forma súbita, surgem 4 seres, que de olhar, eu já presumia que não eram malignos, havia brilho no olhar deles, diferente de algo que havia visto.
-Alto lá! Quem são vocês?! Diz um dos seres, e parecia ser o lider.
-Eu sou Enaz, o Deus da Paz!
-Eu sou Ozne, o Deus da Destruição! E esse desmaiado conosco, é Revo, o Deus da Humanidade!
-E esses outros dois? Quem são? - Indagou o segundo
-Bom... Não sei quem não, mais não são malignos! - Disse Enaz
-Hmm, agora é nossa hora de se apresentar! Eu sou......"
QUEM SERIAM OS 4 SERES ALI PRESENTES?! DESCUBRAM NO PRÓXIMO CAPITULO \O/ |